Curiosidades de uma mente perturbada

Além de piadas, coisas sérias, paranóias, filosofias baratas ou não, babaquices, e tudo que se passa pela cabeça de uma pessoa nada comum.

segunda-feira, setembro 15, 2003

Em vez de se preocuparem em proibir jogos eletrônicos, por quê esses desocupados não pensam em erradicar a violência das escolas, que, aliás, precisam de uma boa injeção de dinheiro, pois estão sem condições de educar ninguém, e sim de criar novos marginais, e não se preocupam em subir os morros e tirar os menores do tráfico de drogas? Aliás, também presentes em 100% das escolas brasileiras...
Certa vez, passando por uma dessas lojas, perto da subida da favela da Ladeira dos Tabejaras, em Copacabana, vi que muitos meninos que lá estavam, eram menores de idade, e pareciam moradores da favela. Onde e com arrumaram o dinheiro para jogar não vem ao caso. Mas com certeza é muito melhor que eles estejam matando seus coleguinhas na tela do computador, do que em carne e osso, ou consumindo drogas e traficando.
A socialização proporcionada pelas Lan Houses também é muito importante para a formação dessas crianças, e deveria ser levada em consideração pelos legisladores com seus diminutos cérebros.
Mas acho que, por terem a capacidade racional tão limitada, eles jamais pensarão nisso.

Bom, aqui estou eu, mais um vez, revoltado com a imbecilidade de algumas pessoas.
Quem estiver lendo isso, provavelmente se interessa por informática, e leu hoje, no caderno especializado no assunto, as declarações do prefeito do Rio César Maia e do juiz da vara da Infância e da Juventude, Siro Darlan. Poucas vezes presenciei tamanha imbecilidade e pensamento retrógrado!!!! Será que não tem ninguém acima desses dois imbecis com um pouco de bom-senso?
Para quem não está a par do que está acontecendo, eles proibiram a entrada (entrada mesmo!!) de menores de 18 anos em Lan Houses (aquelas lojinhas de internet e joguinhos eletrônicos).
Ou seja, menores não podem nem acessar a internet, ou jogar Fifa Soccer (o jogo mais famoso de futebol).
Segundo declaração do juiz acéfalo, "Não existe game mais ou menos violento. Não podemos fazer nenhuma concessão porque não temos o direito de passar uma herança maldita para nossas crianças. Ao ter contato com a violência virtual, elas podem sair desses estabelecimentos acreditando que podem transformar em real a violência virtual que os games trazem embutidos."
Por quê será que eu estou imaginando um daqueles filmes de fanáticos religiosos, dignos de camisa-de-força e salas acolchoadas, falando sobre coisas demoníacas, com a TV, o microondas e o telefone?
Se forem proibir os jogos eletrônicos, que proíbam também filmes perigosíssimos como Super-Homem, antes que as crianças comecem a pular de prédios, ou parar locomotivas com as próprias mãos.
E, por favor, alguém arruma uma mulher p'ro César Maia? E um garoto de programa p'ro Siro Darlan. Que, sendo juiz, precisa mesmo é de uma boa vara.